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Olho inquieta e estupefacta as imagens que nos chegam dali tão perto de nós, europeus.
E sentimos nessas imagens que as redes sociais nos vão transmitindo, a cada segundo, a determinação de um povo que corre em auxílio de seu país. E que o abandona para salvar as suas crianças.
As mulheres ucranianas com um misto de beleza, e de sensibilidade são as que hoje saem do seu país, com os filhos a tiracolo, ou agarrados às saias. E resistem a lágrimas que inundam os olhares de mar.
Os homens, esses, autênticos guerreiros, heróis corajosos de uma guerra inútil, resistem melhor às armas que não ao coração.
Uns e outros sabem que pode ser a última vez. A última vez que se tocam. A última vez que se olham. A última vez que ouvem o choro, que abraçam contra o peito, aqueles que no futuro serão os filhos de pais adiados.
Os heróis, afinal, são eles que ficam. E as heroínas, elas que partem com os filhos. As crianças, essas, ficarão para contar uma história que vivem e que as marcará para a vida.
Umas, revoltar-se-ão para sempre. Outras, crescerão cimentando as cicatrizes de um mundo eslavo, milenar, nunca cicatrizado e eternamente adiado.
E nós? Pedimos Paz, Paz, Paz. Não matem os civis, homens, mulheres e crianças. E suplicamos. Fim da Guerra.
Juntos, solidários, com um povo corajoso que está a ser invadido, que sofre. Mas que resiste. E resiste!
Todos queremos Paz. E essa energia é irresistível. Por isso somos tantos aqui e por todo o mundo.
Não, isto nunca poderia acontecer em pleno Sec. XXI.
"Como se através de uma janela aberta num quarto abafado soprasse de repente um ar fresco do campo, assim também soprou, no abatido estado-maior de Kutúzov, a mocidade, a energia e a convicção da vitória que vinham daquela juventude radiosa que chegara a galope."
Leon Tolstói, Guerra e Paz
G-S
28.02.2022
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