sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

John Barry, compositor brilhante ! inesquecíveis bandas sonoras !


 
 


John Barry [1933-2011]
credits: Sarah Lee, The Guardian








Golden touch ... John Barry at the Royal Albert Hall in 1999
credits: Brian Rasic/Rex Features

"John Barry the composer who was as pop as the Beatles"

Bob Stanley,
in Music Blog, The Guardian 


John Barry [1933-2011] o lendário compositor das mais belas bandas sonoras do cinema, morreu há bem poucos dias. Ficará, no entanto, como inspiração para muitos compositores das novas gerações, e acima de tudo, permanecerá na nossa memória poética pelos momentos que nos fez 'viver' em filmes inesquecíveis.


Tendo como inspiração erudita Pierre Boulez e Stockhausen, o movimento pop e o aroma do jazz, foi vencedor de cinco Oscars.





John Barry
credits: Michael Ochs/ Getty Images


"He was an amazing storyteller and could be very cutting."

David Arnold 
in Obituary 2011, The Guardian


Ficará para sempre ligado aos filmes de James Bond, mas também a filmes inesquecíveis como Out of Africa, Born Free,  The Lion in Winter, Dances with Wolves, The Cotton Club, Ipcress File, Body Heat, Indecent Proposal, e tantos outros.





John Barry/ BAFTA Award
credits: Dave Hogan/ Getty Images


Recebeu o Bafta Award em 2005 em reconhecimento pelo seu talentoso trabalho ao serviço da música no cinema.



"Barry's influence was not just in the strange beauty of his chord sequences but also his taste for unusual instrumentation: there were plucked harps, there were Moogs (again, ahead of pretty much everyone in the UK) used to heighten suspense and mystery, and most importantly there was the cimbalom."

Bob StanleyThe Guardian


Não deixem de ler "John Barry: a life in clips" no The Guardian 







Dance with Wolves/ Dança com Lobos
Kevin Costner, 1990





Out of Africa/ Africa minha
Sydney Pollack, 1985


Um filme permanece em nós pelas imagens, interpretações, certo! Mas acima de tudo pela poetização desses elementos na banda sonora, que despoleta em nós inusitadas sensações, desnudando a nossa ínfima sensibilidade.


John Barry viverá para sempre graças à extraordinária música que compôs ao longo de 50 anos de carreira ligada, quase sempre, ao cinema de Hollywood.


Muito difícil seleccionar uma entre tantas referências musicais de Barry! Três bandas sonoras me acompanham desde sempre: África Minha, Proposta IndecenteDanças com Lobos.


Mas acabei por me decidir pelo tema Goldfinger, tocado no John Barry Memorial Concert no  The Royal Albert Hall, London, Junho 2011.








"His soundtracks provided the backing to our lives as much as they did to the films he scored (no exaggeration), his music is everywhere and always will be."

Phelim O'Neill, 
in Music Blog, The Guardian



G-S
 
Fragmentos Culturais
 
04.02.2011

actualizado 16.02.2025
Copyright © 2011-Fragmentos Culturais Blog, fragmentosculturais.blogspot.com®

Referências:
 
Phelim O'Neill, John Barry: a life in clips 

Bob Stanley, John Barry, the composer who was as pop as the Beatles


segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Mark Zuckerberg entra numa encenação divertida





A Rede Social sobre o qual escrevi em Julho 2010 aqui, tem arrecadado quase todos os prémios para cinema! 


E, mais uma vez, está bem colocado (8 nomeações) na corrida aos Oscars já no dia 27 Fevereiro 2011. 

Recebeu os principais troféus da  National Board of Review of Motion Pictures.

O filme de David Fincher continuou a sua proeza ao vencer, na mesma semana, o prémio das associações de Los Angeles, Boston e New York, historicamente opostas. 
E em 21 Dezembro 2010 triunfou nos 'Satellite Awards', St. Louis e Chicago.

The Social Network foi um dos principais vencedores da 68th Annual Golden Globe Awards, em 17 Janeiro 2011. 

O director David Fincher, o argumentatista Aaron Sorkin e o actor principal Jesse Eisenberg têm sido reconhecidos por várias organizações, corporações e críticos.

Bem! Nada mau para um filme que a maioria das pessoas considerou uma 'piada' a Mark Zuckerberg!

E não há dúvida! O 'CEO' de Facebook tem mesmo sentido de humor!


G-S


Fragmentos Culturais
(formato web 2.0)
01.02.2011


domingo, 30 de janeiro de 2011

Joanna Newsom, poética!



Joanna Newsom/ Casa da Musica
Foto: Carina Guilherme

Harpista, pianista, cantora e compositora, Joanna Newsom é uma das mais talentosas artistas indie da nova geração.

Veio à Casa da Música, no dia 24 Janeiro 2011, apresentar o novo álbum, Have one on Me, já considerado um dos melhores do ano.


Joanna Newsom, californiana, editou em 2004 o primeiro longa duração, The Milk-Eyed Mender e foi com The Book of Right-on,  tema desse mesmo trabalho, que iniciou o seu concerto na sala Suggia


A sua voz remeteu-me de imediato para Kate Bush (profunda influência), mais tímida, menos segura. Mas o que mais me envolveu, do princípio ao fim do concerto, foi a  destreza no dedilhar da harpa! 





Joanna Newsom/ Casa da Musica
Foto Paulo Pimenta

Solta, com uma figura muito luminosa, (cabelos bem loiros e um vestido cor-de-fogo suave), demonstrou grande sensibilidade neste instrumento que não é tão usual assim. Dedilhava-o com uma agilidade técnica quase irreal, soltando a sua musicalidade arrojada! 


A sala Suggia encheu-se de sonoridades medievais, muito próximas da música celta, num registo inovador, entrelaçado nos vários elementos do quinteto musical que a acompanhou! Excelente. Ryan Francesconi, o multifacetado músico, e Neal Morgan, com quem gravou o mais recente trabalho. 

Da harpa para o piano (menos bem), Joanna Newsom dividiu-se entre a pureza da expressão, a excentricidade dos gestos, a simpatia transparente, numa ligação muito fresca com o público.

A sua voz reúne pouco consenso, porém, este seu o terceiro disco, lançado no ano passado e pretexto para esta mini digressão em Portugal (Casa da Música, CCB, Teatro Aveirense) tem sido presença constante nas listas de melhores discos do ano.



Joanna Newsom/ Casa da Musica
Foto: Paulo Pimenta

Todos nós, nessa noite, saímos plenamente convencidos! Joanna Newsom é uma nova referência  na música folk mesclada de música medieval europeia.

Com um universo imagético e sonoro associado a lendas folk, mostrou em palco a evolução da sua sonoridade e a complexidade dos arranjos dos temas (Ryan Francesconi).

Como encore, 'On a Good Day', Newsom sozinha em palco com a sua lindíssima harpa, e 'Baby Birch'. Mágica (não andasse ela envolta em lendas medievais) e encantadora.

No final do concerto, Joanna Newsom compreendeu facilmente que já é uma cantora de culto entre o público português.

A 1ª parte esteve com o 'troubadour' escocês Alasdair Roberts que não conseguiu convencer muito a sala! Mas foi corajoso.

Deixo a  actuação 'live' de Newsom no show de Jools Holland.






G-S

Fragmentos Culturais

30.01.2011
Copyright © 2011-Fragmentos Culturais Blog, fragmentosculturais.blogspot.com®

Licença Creative Commons


Créditos: Fotografias

Carina Guilherme

Paulo Pimenta