Harpista, pianista, cantora e compositora, Joanna Newsom é uma das mais talentosas artistas indie da nova geração.
Veio à Casa da Música, no dia 24 Janeiro 2011, apresentar o novo álbum, Have one on Me, já considerado um dos melhores do ano.
Joanna Newsom, californiana, editou em 2004 o primeiro longa duração, The Milk-Eyed Mender e foi com The Book of Right-on, tema desse mesmo trabalho, que iniciou o seu concerto na sala Suggia.
Veio à Casa da Música, no dia 24 Janeiro 2011, apresentar o novo álbum, Have one on Me, já considerado um dos melhores do ano.
Joanna Newsom, californiana, editou em 2004 o primeiro longa duração, The Milk-Eyed Mender e foi com The Book of Right-on, tema desse mesmo trabalho, que iniciou o seu concerto na sala Suggia.
A sua voz remeteu-me de imediato para Kate Bush (profunda influência), mais tímida, menos segura. Mas o que mais me envolveu, do princípio ao fim do concerto, foi a destreza no dedilhar da harpa!
Solta, com uma figura muito luminosa, (cabelos bem loiros e um vestido cor-de-fogo suave), demonstrou grande sensibilidade neste instrumento que não é tão usual assim. Dedilhava-o com uma agilidade técnica quase irreal, soltando a sua musicalidade arrojada!
A sala Suggia encheu-se de sonoridades medievais, muito próximas da música celta, num registo inovador, entrelaçado nos vários elementos do quinteto musical que a acompanhou! Excelente. Ryan Francesconi, o multifacetado músico, e Neal Morgan, com quem gravou o mais recente trabalho.
Da harpa para o piano (menos bem), Joanna Newsom dividiu-se entre a pureza da expressão, a excentricidade dos gestos, a simpatia transparente, numa ligação muito fresca com o público.
Joanna Newsom/ Casa da Musica
Foto Paulo Pimenta
Solta, com uma figura muito luminosa, (cabelos bem loiros e um vestido cor-de-fogo suave), demonstrou grande sensibilidade neste instrumento que não é tão usual assim. Dedilhava-o com uma agilidade técnica quase irreal, soltando a sua musicalidade arrojada!
A sala Suggia encheu-se de sonoridades medievais, muito próximas da música celta, num registo inovador, entrelaçado nos vários elementos do quinteto musical que a acompanhou! Excelente. Ryan Francesconi, o multifacetado músico, e Neal Morgan, com quem gravou o mais recente trabalho.
Da harpa para o piano (menos bem), Joanna Newsom dividiu-se entre a pureza da expressão, a excentricidade dos gestos, a simpatia transparente, numa ligação muito fresca com o público.
A sua voz reúne pouco consenso, porém, este seu o terceiro disco, lançado no ano passado e pretexto para esta mini digressão em Portugal (Casa da Música, CCB, Teatro Aveirense) tem sido presença constante nas listas de melhores discos do ano.
Todos nós, nessa noite, saímos plenamente convencidos! Joanna Newsom é uma nova referência na música folk mesclada de música medieval europeia.
Com um universo imagético e sonoro associado a lendas folk, mostrou em palco a evolução da sua sonoridade e a complexidade dos arranjos dos temas (Ryan Francesconi).
Como encore, 'On a Good Day', Newsom sozinha em palco com a sua lindíssima harpa, e 'Baby Birch'. Mágica (não andasse ela envolta em lendas medievais) e encantadora.
No final do concerto, Joanna Newsom compreendeu facilmente que já é uma cantora de culto entre o público português.
A 1ª parte esteve com o 'troubadour' escocês Alasdair Roberts que não conseguiu convencer muito a sala! Mas foi corajoso.
Deixo a actuação 'live' de Newsom no show de Jools Holland.
G-S
Fragmentos Culturais
30.01.2011
Créditos: Fotografias
Carina Guilherme
Paulo Pimenta
Fiquei um pouco decepcionado com o vídeo; depois de ler o teu entusiasmo, talvez por desconhecer em absoluto Joanna Newsom e ainda por gostar muito do som da harpa, esperava algo mais: o instrumento musical por vezes quase se apaga perante a sua voz, que não é famosa.
ResponderEliminarpreciso de ver algo mais dela para opinar melhor...
... o vídeo não transmite toda a plenitude instrumental que se viveu durante o concerto na Casa da Música, 'pinguim'!
ResponderEliminarAqui, Joanna Newsom toca a solo!
Acredita que a considero uma excelente harpista! Pude vê-la de bem perto! Nem se preocupa em olhar para as cordas que dedilha com desenvoltura.
E depois, trata-se de um som medieval, em que o instrumento era apenas tangido como acompanhamento da voz!
Quanto à voz! Não escrevi que ela tem boa voz (longe disso)! Referi que as suas inspirações' passariam por Kate Bush, mas sem a segurança/beleza tímbrica e melódica que caracteriza Bush.
No início, via-a mais como uma seguidora de Lisa Ekdhal (que só canta bem em estúdio, ao vivo é uma decepção). Mas Joanna Newsom tem uma abertura tímbrica mais vasta do que Ekdahl, embora pouco 'apurada'...