Voltei à Casa da Música. Desta vez para revisitar António Pinho Vargas e o seu diálogo a Solo.
Suponho que a última vez que o ouvi ao vivo foi em dueto com José Nogueira (saxofone alto), no Teatro Rivoli (bons concertos ouvi lá) ou talvez em "Jazz em Serralves".
Também não terá muita importância o local porque os ouvi frequentemente nesses dois espaços. Excelentes concertos. Sempre.
Confesso que as duas salas, a sala Rivoli e a sala Suggia me agradam muito pela intimidade que provocam espontâneamente com o público.
A Sala Suggia é linda! Mas, nesse dia estava fria. Um concerto deste género ou melhor, com um músico e intérprete que sabe estabelecer um diálogo intimista com o piano e com o público mereceria estar aquecida.
Impressões de quem sente os mais pequenos cambiantes. Não a opinião de um sentimento colectivo, eu sei!
O que é certo é que o público da 'sua' cidade, António Pinho Vargas, estava lá! Porto não é a cidade onde nasceu. É sim a cidade que o viu crescer como músico e como compositor de jazz! A fase da música erudita veio mais tarde.
Suponho que a última vez que o ouvi ao vivo foi em dueto com José Nogueira (saxofone alto), no Teatro Rivoli (bons concertos ouvi lá) ou talvez em "Jazz em Serralves".
Também não terá muita importância o local porque os ouvi frequentemente nesses dois espaços. Excelentes concertos. Sempre.
Confesso que as duas salas, a sala Rivoli e a sala Suggia me agradam muito pela intimidade que provocam espontâneamente com o público.
A Sala Suggia é linda! Mas, nesse dia estava fria. Um concerto deste género ou melhor, com um músico e intérprete que sabe estabelecer um diálogo intimista com o piano e com o público mereceria estar aquecida.
Impressões de quem sente os mais pequenos cambiantes. Não a opinião de um sentimento colectivo, eu sei!
O que é certo é que o público da 'sua' cidade, António Pinho Vargas, estava lá! Porto não é a cidade onde nasceu. É sim a cidade que o viu crescer como músico e como compositor de jazz! A fase da música erudita veio mais tarde.
Album Solo
créditos: site do autor
E foi nessa vertente que o vi despontar e que assisti à sua formação como músico, e a muitos dos seus concertos! E foi assim que me apaixonei pela sua música!
António Pinho Vargas, naquele seu jeito muito peculiar de dialogar com o público, entre cada interpretação, levantando-se para vir à boca do palco, está com a sua interioridade mais expansiva. Conhecio-o mais reservado.
Glosou o tema da 'heteronímia' com naturalidade e algum humor. No entanto, na referencia que fez a Bernardo Soares, eu diria 'ortonímia'. Mas aqui entra já o meu lado literário!
Gosto de misturar a música e a literatura, duas artes incomensuráveis, preciosas para a alma! E que se interligam constantemente.
Foi com encantamento que o ouvi no tema 'Alma' que não estava no alinhamento do programa. Aprecio estes 'impromptus'. Remetem-me para a improvisação, a essência da música de jazz, a capacidade e o dom de os músicos nos surpreenderem.
Temas como Alma, Corazón, June, Dança dos Pássaros, As Mãos ou Tom Waits, levam-me a fragrâncias e sonoridades de uma época mais distante. Que não quero trazer aqui.
Senti perpassar pelas suas linhas melódicas límpidas Béla Bártok na postura pressenti Keith Jarrett, quando bate com os pés a cadência sincopada, Satie na graciosidade da 'touche', Ravel na exuberância de ritmo.
Impossível separarmo-nos das reminiscências daqueles que admiramos e amamos! E que fizeram parte da nossa vida académica.
Tom Waits um dos temas que mais aprecio, ligação afectiva ao intérprete, compositor do jazz americano, aqui fica.Senti perpassar pelas suas linhas melódicas límpidas Béla Bártok na postura pressenti Keith Jarrett, quando bate com os pés a cadência sincopada, Satie na graciosidade da 'touche', Ravel na exuberância de ritmo.
Impossível separarmo-nos das reminiscências daqueles que admiramos e amamos! E que fizeram parte da nossa vida académica.
Compositor e músico talentoso, completo e multifacetado, António Pinho Vargas é um dos músicos mais importantes - e respeitados - da cena musical contemporânea.
Um dos meus preferidos, se não o meu músico favorito na música de jazz em português.
Já tinha saudade de o ouvir ao vivo, confesso! E não me decepcionou, como intérprete e muito menos como músico.
Balancei, no etanto, na personalidade ou melhor, na simplicidade, desta vez. Mas isso são apenas impressões afectivas!
Balancei, no etanto, na personalidade ou melhor, na simplicidade, desta vez. Mas isso são apenas impressões afectivas!
Jorge Peixinho 1940-1995
Agradeci intimamente a homenagem feita a Jorge Peixinho, o músico inovador da contemporaneidade musical portuguesa, o precursor esquecido, mal amado no seu tempo de vida- Meu Professor de Composição no Conservatório de Música do Porto. Tímido, mas que se ultrapassava quando falava ou interpretava música contemporânea.
A Casa da Música não fez nada para aquecer a temperatura ambiente, tornando mais confortável uma sala tão bonita, o que permitiria ao público usufruir mais calorosamente de uma noite musical. Bem sensível!
Tiritava-se de frio, e só o afecto profundo ao intérprete fez o seu público mostrar-lhe o imenso apreço. Pinho Vargas tocou como encore, Cantigas para Amigos.
G-S
Fragmentos musicais
19.12.2008
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