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E ontem, ao chegar a casa, depois de uma sessão de cinema a não recomendar, deparei-me, de novo, com um filme que já vira em 2008 Tudo o que Perdemos, tradução de Things We Lost in the Fire
Allan Loeb
Não é um filme fácil ou confortável, mas é uma excelente história, numa narrativa sensível, humana, um diário de perdas e reencontros em que reaprendemos a valorizar as pessoas e a vida!
“It’s about catharsis and recovery,” he proclaims. “That’s all I say. That is what it’s about. But it’s also about friendship.”
Allan Loeb
Things we lost in the fire realizado por Susanne Bier - a sensibilidade feminina está bem presente - tem como actores Halle Berry e Benicio Del Toro nos papéis principais.
Só por si, este último, levar-me-ia a não arredar pé. Daí, ter-me sentado, desta vez, frente ao televisor! Refazer-me da má escolha do final de tarde, foi apenas uma desculpa. Queria mesmo rever esta história.
Benicio Del Toro tem uma interpretação brilhante - quando é que que o actor não é brilhante?- neste poderoso drama! Mas é muito bem acompanhado por Halle Berry.
Os dois conseguem-nos transmitir todas as emoções inerentes à situação de cada uma das personagens, num esforço comum de recuperação, o que dá grande autenticidade ao filme!
Os dois conseguem-nos transmitir todas as emoções inerentes à situação de cada uma das personagens, num esforço comum de recuperação, o que dá grande autenticidade ao filme!
Outra referência! Sam Mendes (produção) o realizador de “American Beauty” (1999) e “Road to Perdition,” (2002).
“It’s a very moving, touching original story,” he says. “It’s very rare to find movies that, on the one hand, are personal stories about human beings interacting, but on the scale necessary to be a motion picture as opposed to a piece for television.”
Sam Mendes
Sam Mendes
De imediato interessado no script de Allan Loeb, Mendes partiu em busca do realizador ideal. Neste caso, da realizadora!
Comparando Bier a Fernando Meirelles, Alejandro González Iñárritu e outros talentosos realizadores contemporâneos, nela encontrou imediata receptividade.
“Like Susanne’s work, their movies tend to have a similar aesthetic… handheld, a little rougher, grittier and very distinctive…not as conventional as some equivalent moviemaking in this country and my native England,”
Sam Mendes
“Like Susanne’s work, their movies tend to have a similar aesthetic… handheld, a little rougher, grittier and very distinctive…not as conventional as some equivalent moviemaking in this country and my native England,”
Sam Mendes
Bier que buscava o argumento ideal para fazer a sua iniciação no cinema americano, ficou profundamente agradada com o script de Loeb, deixou-se envolver pela trama psicológica de duas pessoas atingidas por um drama comum. O sentimento de perda.
Del Toro fez uma séria pesquisa sobre dependência de drogas, para a sua interpretação. Falou com médicos especializados, frequentou sessões dos NA (Narcotic Anonymous). Se viram o filme, não duvidam. Grande veracidade naquele seu jeito.
“I think it was Kurt Cobain who said something along the lines that people need to get high to feel the enthusiasm that they felt as a kid,”
Benicio Del Toro
Outro ponto alto do filme: a banda sonora do argentino Gustavo Santaolalla e do sueco Johan Sodergvist. Santaolalla é conhecido pelos trabalhos em The Motorcycle Diaries, Babel, e Brokeback Mountain. Filmes de referência para quem gosta mesmo de cinema.
“This is not a message movie. I hate message movies. But I do like stories with content, and I do like stories which, though they appear to be deceptively simple, stay with you after you’ve seen them and spark discussion.”
Susanne Bier
História que me prendeu, mais uma vez, porque nos faz reflectir, nos motiva a debater...
G-S
Fragmentos Culturais*
16.10.2011
16.10.2011
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* Este ensaio, reescrito, foi publicado (sob pseudónimo) em Maio 2008
* Este ensaio, reescrito, foi publicado (sob pseudónimo) em Maio 2008
