sábado, 19 de abril de 2014

Páscoa, da simplicidade





foto via Family holiday.net

Ando por aqui rondando, há alguns dias, tentando inspiração para escrever sobre a Páscoa. A semana de aromas de primavera incitava-me a escrever algo de luminoso, já que um ligeiro problema de saúde me retirara muita energia boa. Mas a inspiração não vem quando queremos.

Bastava uma mensagem curta, sem muitas palavras. Por vezes, a ausência de palavras instala-se. 

A Primavera desponta, apesar de alguns dias instáveis. Mais luz, natureza tímida, paisagens que se transmutam lentamente, passo apressado das pessoas. Lugares vazios.

Os afectos sublimam-se, diante da fragilidade humana, e desdobramos intimos anseios de uma Páscoa serena, fraterna na dor que aperta o coração de tantas pessoas.

Que nenhuma estrela queime o teu perfil 
Que nenhum deus se lembre do teu nome 
Que nem o vento passe onde tu passas. 

Para ti eu criarei um dia puro 
Livre como o vento e repetido 
Como o florir das ondas ordenadas. 

Sophia de Mello Breyner

G-S
Fragmentos Culturais
(em jeito de meditação de Páscoa sem muita inspiração)
19.04. 2014
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