Agustina Bessa-Luís
foto: Fernando Veludo/ NFactos
via Público
Hoje houve razões, mais uma vez, para celebrar Agustina! É que a escritora fez 91 anos.
Não poderei escrever muito mais sobre este enorme vulto das Letras Portuguesas. Toda a minha enorme admiração e muita amizade tem ficado bem expressa em muitas das publicações em Fragmentos Culturais. São constantes as citações da sua vasta obra, já que é uma das escritoras que mais li e leio, e por quem nutro enorme apreço.
Mas, destaco, com afecto o humilde e agradecido tributo em Memórias (vividas) com Agustina Bessa-Luís. E, pelo mesmo motivo, Benvindo de Carvalho - Configurações ou Feira do Livro "a ler o mar".
Mas, destaco, com afecto o humilde e agradecido tributo em Memórias (vividas) com Agustina Bessa-Luís. E, pelo mesmo motivo, Benvindo de Carvalho - Configurações ou Feira do Livro "a ler o mar".
Agustina deixou de editar em 2006, por motivos de saúde. A sua última obra editada, foi A "Ronda da Noite" a que fiz referência em Memórias com Agustina.
Dicionário Imperfeito, 2008
Em 2008, a Guimarães Editores encetou a edição da Opera Omnia, uma colecção da obra da escritora de textos revistos. Aos dez títulos inicialmente disponíveis, juntou-se "Breviário do Brasil", país presente no espírito da autora desde a infância. Não podendo esquecer o Prémio Camões que lhe foi atribuido em 2004.
Mais recente, em termos de data de edição, podemos recuar a 2012, quando a Guimarães (Babel) editou a colecção "Contemplações": pequenos trabalhos da escritora, de natureza ensaística.
Kafkiana marcou a estreia desta série, com a reunião de quatro textos com reflexões de natureza literária sobre a situação do homem kafkiano face ao mundo e a ele próprio.
Cividade
Agustina Bessa Luís
Colecção Contemplações
Guimarães Editores, 2012
No segundo volume da colecção, um conto assinado e datado de 9 de Junho 1951. Cividade, assim se chama, recebeu nesse ano o primeiro prémio de ficção nos "Jogos Florais do Minho", aos quais concorreu com o nome do marido, Alberto de Oliveira Luís.
Um enredo em que "Agustina chama um tempo e um cenário de infância", de quando passava férias na Quinta de Cavaleiros, perto da Póvoa de Varzim.
Este imaginário, tão especial para a autora, vem a ser retomado em textos infantis e juvenis. Mais tarde no romance 'Antes do Degelo', segundo a editora.
Deixo assim, nesta celebração do seu 91º aniversário, o documentário "Agustina Bessa-Luís: Nasci adulta, morrerei criança".
Profecia ou premonição?
Profecia ou premonição?
Videobiografia em que Agustina Bessa-Luís fala "da sua infância, das suas memórias, do "exílio" no Douro, das aventuras da sua juventude, do início da longa carreira como escritora e do amadurecimento da sua experiência."
Revela ainda a afinidade com o cinema, com a adaptação ao grande ecrã de algumas das suas obras por Manoel de Oliveira.
Agustina e Manoel de Oliveira
créditos: Fenando Veludo/ NFactos
via Público
João Bénard da Costa, Manoel de Oliveira, Eduardo Prado Coelho, Inês Pedrosa, Pedro Mexia, Alberto Vaz da Silva, Laura Mónica Baldaque e Francisco Cunha Leão falam da sua relação com a escritora e contam episódios únicos. Vale a pena ouvir.
"Não temais pela minha sinceridade quando falo de mim, se vos disser que o melhor das minhas memórias são instantes e não horas nem dias"
Agustina Bessa-Luís, Instantes, Dicionário Imperfeito
Guimarães Editores, 2008
Parabéns Agustina!
G-S
Fragmentos Culturais
15.10.2013
Copyright © 2013-Fragmentos Culturais Blog, fragmentosculturais.blogspot.com®





