Gabriel García Márquez [1927-2014]
Gabriel García Márquez,
Nobel da Literatura 1982, discurso
Gabriel Garcia Márquez, desaparecido há pouco mais de uma semana. Escritor columbiano, deixou uma vasta obra: romances, novelas, crónicas, material jornalístico e uma autobiografia. Mundialmente lido e celebrado, a sua influência na literatura universal foi determinante.
O discurso que leu em Estocolmo quando recebeu o Nobel de Literatura, em 1982, "A solidão da América Latina", tornou-se um texto de referência da sua obra literária.
Cerimónia de Entrega Prémio Nobel da Literatura,1982
"Morreu um grande escritor cujas obras deram grande difusão e prestígio à literatura da nossa língua",
Vargas Llosa
Amor em Tempo de Cólera
Edições Dom Quixote
Amor em Tempo de Cólera foi adaptado ao cinema e passou por cá em 2008.
Garcia Márquez foi muitas vezes apontado como o mais significativo escritor em língua espanhola, depois de Miguel de Cervantes (século XVI) e um dos maiores escritores da literatura contemporânea.
Na verdade, foi o poeta chileno Pablo Neruda que afirmou que "Cem Anos de Solidão" era a maior revelação em língua espanhola desde "Dom Quixote" de Miguel de Cervantes.
O 'realismo mágico' da sua escrita, faz com que os seus livros estejam traduzidos em quase todas as línguas.
García Márquez, 1991
Photograph by Ulf Andersen/Getty
Li muitos dos seus livros, senão a maioria. Cem Anos de Solidão ainda na minha adolescência.
Nenhuma experiência literária é mais rara do que a leitura de um livro que muda a forma como vemos o mundo.
"One Hundred Years of Solitude," Gabriel Garcia Marquez's masterpiece, is unique. Nothing I have ever read conveys as it does the magic underlying the most quotidian events and gives even the most extraordinary occurrences an air of mystical inevitability."
Michael Hiltzik, Los Angeles Times
Interrogado um dia sobre o impacto dos sonhos na sua escrita de 'sonho', Márquez disse que preferia concentrar-se na realidade
.
"A própria vida é a maior fonte de inspiração", disse ele. "Eu vejo os sonhos como parte da vida em geral, mas a realidade é muito mais rica. "Mas talvez", acrescentou, "Eu só tenha sonhos muito pobres."
Viver para contá-la
Garcia Márquez (2007)
Para lá da política e da mitologia, García Márquez nunca deixou de elaborar uma narrativa imensa sobre a morte e solidão.
Sobre o tema da morte. disse um dia " Ce qui me soulage et m'attriste, car il s'agira là de la première expérience que je ne pourrai pas raconter."
Não vou escrever muito mais. Todos leremos artigos, tributos, veremos fotogalerias sobre a perda deste inovidável escritor.
"Se fue Gabo, pero nos queda el recuerdo y la admiración a todos los colombianos y mexicanos, porque Gabo era mitad colombiano y mexicano, y en América Latina y en el mundo lo admiran”.
José Gabriel Ortiz
E porque hoje é também dia de celebração...
Sobre o tema da morte. disse um dia " Ce qui me soulage et m'attriste, car il s'agira là de la première expérience que je ne pourrai pas raconter."
Não vou escrever muito mais. Todos leremos artigos, tributos, veremos fotogalerias sobre a perda deste inovidável escritor.
"Se fue Gabo, pero nos queda el recuerdo y la admiración a todos los colombianos y mexicanos, porque Gabo era mitad colombiano y mexicano, y en América Latina y en el mundo lo admiran”.
José Gabriel Ortiz
E porque hoje é também dia de celebração...
Mario Cesariny
Postais 25 Abril (2006)
Vinte e Cinco de Abril
Este é um poema
com saudade da festa
Dias de vermelho
de damasco e de riso
Das horas de alegria
e de bandeiras,
de cravos rubros postos no vestido
Este é um poema
feito de memória
Este é um poema
com saudade da festa
Dias de vermelho
de damasco e de riso
Das horas de alegria
e de bandeiras,
de cravos rubros postos no vestido
Este é um poema
feito de memória
(...)
Este é um poema
de visitar a História
Da revolução o ganho
e também o perdido
Da viagem e do mar
da língua portuguesa
onde na paixão me encontro comigo
Maria Teresa Horta, 22.04.2014
de visitar a História
Da revolução o ganho
e também o perdido
Da viagem e do mar
da língua portuguesa
onde na paixão me encontro comigo
Maria Teresa Horta, 22.04.2014
in Maria Teresa Horta, Página Oficial Facebook
Não sei se andaremos todos com sonhos pobres. Talvez não. A Primavera essa, continua arredada, como se nos quisesse colocar ainda mais nuvens neste dia feito de memórias.
G-S
Fragmentos Culturais
(em jeito de celebração e homenagem)
25.04. 2014
Copyright © 2014-Fragmentos Culturais Blog, fragmentosculturais.blogspot.com®
Copyright © 2014-Fragmentos Culturais Blog, fragmentosculturais.blogspot.com®
Celebrar e homenagear, hoje e sempre, enquanto desejamos uma ... Primavera.
ResponderEliminarTudo de bom.
Postagem "cheia" esta, com destaque mais que merecido para Gabriel Garcia Marquez, mas não só, pois o 25 de Abril está também presente, com um poema de Maria Teresa Horta e um cartaz de Cesariny...
ResponderEliminarGarcia Marquez merece mesmo ser homenageado. Escritor, grande !
ResponderEliminarA Primavera, é bom celebrar . Tempo luminoso, novo ciclo da terra, flores, tantas tonalidades em volta dos verdes.
A outra primavera, andamos todos um pouco arredios, desgostosos. Muita coisa acontecendo.
Tudo de bom, 'aflores' !
Um pouco sim, João. Quis celebrar (quanto baste) e quis homenagear. Aí sim, deixei correr tudo o que sinto por este escritor. Imenso !
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