Amy Winehouse documentary
"A heart-breaking journey"
O documentário Amy Winehouse, sobre a talentosa voz soul britânica, foi exibido no passado dia 16 Maio durante o Festival de Cinema de Cannes, 2015,
fora de competição.
"Ce film rend hommage à la diva éphémère."
RTL.fr
O público rendeu-se emocionado ao retrato poderoso de Amy, alma vulnerável, e um equilíbrio precário para o imenso sucesso a nivel mundial.
fora de competição.
"Ce film rend hommage à la diva éphémère."
RTL.fr
O público rendeu-se emocionado ao retrato poderoso de Amy, alma vulnerável, e um equilíbrio precário para o imenso sucesso a nivel mundial.
Sabem como adoro ouvir Amy Winehouse. Escrevi algumas vezes sobre a cantora pop-soul que mexia com minh'alma. Comecei, comovida com o que li, revoltada com o que ouvi, enquanto assistia ao seu concerto em Lisboa, via Sic Radical.
Quando Amy morreu, recolhi-me no instante. Percebera pelo olhar perdido dessa noite, no Rock in Rio, em Lisboa, que esse dia avançaria a passo largo. Já estava no seu olhar.
O mundo também não se admirou. Foramos assistindo a uma morte anunciada, impotentes, sem pudermos parar o processo autrodestrutivo a que se entregou, rendida.
As maiores homenagens lhe foram prestadas. Pelos fãs, entre os quais sempre me incluí. Pelos colegas com quem trabalhou de perto ou não.
Sua última gravação em dueto com Tony Bennett Body and Soul é divina. A melancolia daquele olhar vago, triste, que se crava em nós. Apesar do sorriso.
O mundo também não se admirou. Foramos assistindo a uma morte anunciada, impotentes, sem pudermos parar o processo autrodestrutivo a que se entregou, rendida.
As maiores homenagens lhe foram prestadas. Pelos fãs, entre os quais sempre me incluí. Pelos colegas com quem trabalhou de perto ou não.
Sua última gravação em dueto com Tony Bennett Body and Soul é divina. A melancolia daquele olhar vago, triste, que se crava em nós. Apesar do sorriso.
Sim, o olhar! E aquela suave, angustiante, nostalgia que se desprende, notas soltas como mágoas. A voz mais soul da pop contemporânea.
Amy. A expectativa em Cannes era grande. A comoção dos que assistiram foi muita. A crítica teceu os maiores elogios. Todos jornais e revistas mundiais da especialidade se rendem, mais uma vez, a esta imensa voz de uma menina que cresceu mal. E mal viveu.
Amy
AmyWinehouse documentary
Asif Kapadia, 2015
"British director Asif Kapadia’s respectful documentary portrait reminds us that the self-destructive London singer was supremely talented, explosively charismatic, but dangerously ill-equipped for the superstar fame that came with her 20-million-selling breakthrough album Back to Black."
A família, sobretudo seu pai, tentou reagir. Contrafeito. Outra coisa não era de esperar. O documentário descreve com a realidade dos factos, a curta vida de Amy.
Baseado em documentos reais, testemunhos, documentos, fotos, mãe desligada, pai ausente, aproximando-se apenas, depois do sucesso alcançado pela filha. Empurrando-a a continuar a actuar, mesmo quando ficou claro que ela precisava de ajuda.
Baseado em documentos reais, testemunhos, documentos, fotos, mãe desligada, pai ausente, aproximando-se apenas, depois do sucesso alcançado pela filha. Empurrando-a a continuar a actuar, mesmo quando ficou claro que ela precisava de ajuda.
Amy Winehouse
Black is black, album
«Winehouse was, of course, the preternaturally talented singer-songwriter. She won accolades for her debut, "Frank," when she was barely 20 and was considered a budding soul great just three years later, in 2006, with her Grammy-winning "Back to Black."»
LA Times
Já com notórios problemas de álcool e drogas, aos 23 anos - recordemos que Amy Winehouse morreu aos 27 anos - o pai não terá feito muito, segundo o documentário, para ajudar aa reabilitação da filha, quando a cantora se preparava para fazer a sua primeira grande digressão pelos Estados Unidos.
Um amor infeliz, o casamento com Blake desfeito, o consumo de drogas, agudizaram a vida atormentada.
Amy Winehouse
créditos: Shaun Curry
https://www.slate.com/
«In "Amy," a new documentary about the late musician Amy Winehouse, we learn just how unique and complicated a descent can be.»
LA Times
O realizador britânico Asif Kapadia, o mesmo que realizou o documentário sobre Ayrton Senna. Documentário que passou há poucas semanas na RTP1. Comoveu-me profundamente. O realizador, no final, informa-nos que se cingiu aos factos reais. Não duvido depois de ter visto o seu olhar sobre Senna.
Trabalho sério, humano, até assistirmos ao último suspiro (imagem confrangedora em primeiro plano, que me deixou em lágrimas), no fatídico Immola 1994.
Era uma fã incondicional de Fórmula I, em especial de Ayrton Senna. Nunca mais assisti a nenhuma transmissão de Prémios de Fórmula I. Encerrou-se com Ayrton, para mim.
Tenho a certeza que os mesmos sentimentos me assolarão quando tiver a oportunidade de ver o documentário, Amy.
Era uma fã incondicional de Fórmula I, em especial de Ayrton Senna. Nunca mais assisti a nenhuma transmissão de Prémios de Fórmula I. Encerrou-se com Ayrton, para mim.
Tenho a certeza que os mesmos sentimentos me assolarão quando tiver a oportunidade de ver o documentário, Amy.
Amy
Amy Winehouse documentary
Asif Kapadia, 2015
Como podem imaginar, aguardo que o documentário sobre Amy Winehouse seja exibido em Portugal. Sem data prevista. Lá fora, já anunciada para Julho.
“Um percurso pessoal complicado associado ao sucesso planetário e a um estilo de vida instável, fizeram da vida de Amy Winehouse um castelo de cartas de equilíbrio muito precário”
Asif Kapadia
No primeiro trailler Amy, ouve-se Amy :
"Always a bit upsetting in the end, isn’t it?,"
Segundo o realizador, mais de cem entrevistas ao longo dos últimos anos. E no documentário apoia-se nas letras das canções de Amy como fio condutor do mesmo. Recorrendo também a muitas imagens de arquivo de amigos, músicos, colegas da cantora, e alguns familiares.
Amy
Asif Kapadia, 2015
Lê-se que na estreia, em Cannes, o público se emocionou. As críticas que correm em muitos media realçam a veracidade. Um documento poderoso. O crítico do jornal britânico The Guardian, Peter Bradshaw, por exemplo, escreve:
"Asif Kapadia’s documentary study of the great British soul queen Amy Winehouse, who died of alcohol poisoning at the age of 27, is stunningly moving and powerful: intimate, passionate, often shocking, and almost mesmerically absorbing."
Dia 23 Julho 2015 marca o quarto aniversário da sua morte. O que se ouve no final perturbador do documentário faz-nos pensar.
"Personne n'était là pour la voir souffrir, sombrer, se relever et tomber encore. Reste ses chansons, sa présence, des regrets et ce documentaire."
RTL.fr
Desejaria que Amy pudesse reescrever a sua vida.
"Personne n'était là pour la voir souffrir, sombrer, se relever et tomber encore. Reste ses chansons, sa présence, des regrets et ce documentaire."
RTL.fr
Desejaria que Amy pudesse reescrever a sua vida.
"Every bad situation is a blues song waiting to happen."
Amy Winehouse
G-S
31.05.2015
Copyright © 2015-Fragmentos Culturais Blog, fragmentosculturais.blogspot.com®
Nota : Amy Winehouse morreu em 23 Julho 2011. Fez hoje quatro anos. A imensa tristeza mantém-se. A mesma saudade.
A sua voz permanece imortal, reconheço-a de imediato, mesmo quando a oiço algo distante. Inegualável. Penetra-nos a alma.
O documentário terá uma sessão de homenagem esta noite, em algumas salas de cinema do país. E brevememte, segundo li, estreará nas salas de cinema portuguesas. La estarei.
Como homenagem, evidencio hoje a postagem já publicada em Maio, dedicada a voz mais soul da pop, agora considerada 'a melhor voz do século XX'. Uma voz que soa a outros mundos.
Que possa ter encontrado a paz que tanto desejou.
RIP Amy !
Amy ganhou os dois grandes prémios de cinema na categoria de Melhor Documentário: Bafta Awards 2016 e Oscar 2016.
23.07.2015
actualizado em 29.02.2016
RIP Amy !
Amy ganhou os dois grandes prémios de cinema na categoria de Melhor Documentário: Bafta Awards 2016 e Oscar 2016.
23.07.2015
actualizado em 29.02.2016
Copyright © 2016-Fragmentos Culturais Blog, fragmentosculturais.blogspot.com
os deuses levam cedo aqueles que mais amam...
ResponderEliminarbeijo
...devo concordar.
ResponderEliminarBeijo Herético
(fiel amigo)
O tempo passa depressa.... ficam as recordações, e neste caso, uma voz que jamais será esquecida.
ResponderEliminarTudo de bom.
Olá 'aflores'
ResponderEliminarComo foi bom ter notícias tuas! Como tens passado?
O tempo passa depressa, sim, mas as pessoas ficam em nós! E os belos momentos que elas nos proporcionam, sobretudo todos aqueles momentos ligados à alma.
Amy, sua voz é um bálsamo para quem a ouve. Fica agarrada a nós.
Gostei que não tivesses esquecido os amigos blogger :-) E passa de vez em quando, para eu saber que estás bem.
Tudo de bom, sempre, na companhia da família.
Em jeito de comentário final a este post :
ResponderEliminarAmy... fui ver. E como todos os que se encontravam na sala, emocionei-me. Muito.
O documentário é excelente, de uma verdade profunda. Retrata com a veracidade de seus próprios desabafos, testemunhos de amigos, a desgraça de uma miúda que tinha qualidades d'alma e de voz para dar certo.
Mas nasceu na família errada, vivenciou experiências perturbadoras, que os bons momentos - reconhecimento do seu imenso talento - não conseguiram equilibrar uma vida emocional inquieta.
Os seres que mais deveriam estar do seu lado, e não só usufruindo do seu dinheiro, foram os mais destrutivos.
O pai bem pode estar contra este documentário baseado em documentos autênticos, e testemunhos vivenciais de Amy. Ninguém precisa de um pai assim :-(
Quanto ao marido, um karma terrível ter-se agarrado a um amor egoista, e destrutivo, assim.
Quem for fã da voz de Amy, não deve perder este documentário biográfico de muita qualidade. Sairá devastado, sim, demasiado real, mas há vidas que merecem ser compartilhadas.
Uma banda sonora extraordinária, como seria expectável.