Em 1990, Lisa Ekdahl começou a cantar jazz com o trio do pianista Peter Nordahl. Com 23 anos, compositora e letrista das próprias canções, lançou o álbum de estreia, homónimo, que a catapultou para a fama no país natal, atingindo a quádrupla platina ao fim de alguns meses.
A sua voz conquistou milhares de admiradores por toda a Europa, especialmente a partir das gravações do repertório "standard" norte-americano com o trio de Peter Nordahl, no disco "When Did You Leave Heaven".
Mais tarde, gravou dois discos de pop: "Med Kroppen Mot Jorden" e "Borton Det Bla", em 1996 e 1997, respectivamente.
Devo dizer que Lisa Ekdahl tem para mim um lugar muito especial! E foi com essa convicção musical mesclada de afectos que me sentei na belíssima ‘Sala Suggia’ da Casa da Música.
No entanto, a sua prestação decepcionou-me!! Muito! Suponho que se não fosse o trio que a acompanhava, o concerto teria sido mau!
Apesar de um jogo de luzes lindamente contextualizado, um grupo de músicos coeso (referência muito especial para teclas|sopros), a cantora mostrou uma fragilidade vocal impressionante! Já para não falar na tentativa como solista instrumental!
Compará-la a Norah Jones, Diana Krall, Stacey Kent como já li, é muito arriscado! A todas ouvi ao vivo, como apreciadora do jazz vocal feminino, e mostraram-se incomparavelmente superiores, musicalmente, voz bem colocada, sonoridades tímbricas, presença constante em palco que nada teve a ver com Lisa Ekdahl! Muito charme... pouca qualidade!
Talvez a cantora tenha menosprezado um pouco o público musical mais atento e que a conhecia desde o início da sua carreira.
O seu melhor álbum? Lisa Ekdahl - "Sings Salvadore Poe". Esse mesmo que me levou a querer ouvi-la ao vivo.
Este um dos temas que me trouxe Lisa Ekdahl no seu encanto original!
Há vozes que não deveriam afoitar-se fora de estúdio. Tudo porque muito é feito dentro de um estúdio em termos de sonoridades...
G-S
Fragmentos musicais
17.11.2008
Copyright © 2008G-Souto'sBlog, gsouto-digitalteacher.blogspot.com®
Há vozes que não deveriam afoitar-se fora de estúdio. Tudo porque muito é feito dentro de um estúdio em termos de sonoridades...
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17.11.2008
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com esta fiquei sem saber... bem vou procurar.
ResponderEliminarBoa semana.
agora sim, muito bem, adorei a divulgação.
ResponderEliminarO ser humano tem esta característica: agrupar a memória que vai alimentar expectativas posteriores. É algo de bom devido a aumentar o espírito crítico mas põe qualquer pessoa num estado de ansiedade, frustração, alegria, surpresa positiva, vontade em ficar naquele momento, etc
ResponderEliminarIsto tudo faz a evolução, preferindo eu que esse contraste existe para a identidade do Ser seja dirigida para o seu auto conhecimento.Espectros únicos e divinos sejam o toque do horizonte
P.S: O G.S. é a opinião da autora do blog?:)
... as primeiras imagens 'apareceram' por distracção! Estava ainda na fase da pesquisa de imagens.
ResponderEliminarSó mais tarde pude concluir o 'post':)
Sensibilizada, como sempre, pela amizade 'virtual' de um olhar sempre atento e crítico ;)
Bom fim-de-semana!
Um beijo
... é claro que a resposta anterior se destinava a Tiago! Lamento não ter tido o cuidado de o nomear...
ResponderEliminar... confesso, 'Dark_ que no caso de Lisa Ekdahl não tinha acumulado muitas expectativas, dado ter-me dado conta ao ouvi-la em gravação ao longo de alguns anos... que a sua voz só dependia das técnicas de trucagem em estúdio. Mas o produto final - voz-sonoridades instrumentais - é deveras agradável.
ResponderEliminarE depois há afectos que me prendem a algumas das suas canções...
Suponho que o que aumentou o meu espírito crítico foi ter 'alguma' cultura musical e um ouvido 'atento' :)
No concerto ao vivo tudo apareceu a 'nu'... e a vontade/postura da cantora também foi um pouco 'pretensiosa' sem o demonstrar em palavras... apenas em pequenos gestos que podemos observar, se atentos.
Depois aquele seu 'jeito' de menina sempre me pareceu fictício e ao vivo foi muito evidente. É certo que ela tem uma figura frágil, essa sim de 'menina'... mas explorá-los em detrimento da falta de qualidade, não deve acontecer!
Dei o exemplo de outras cantoras que tive o prazer e o imenso gosto de ouvir ao vivo!
Norah Jones tinha-o, na altura em que assisti ao seu primeiro concerto em Portugal, na Aula Magna! Foi natural, tão natural que encantou pela sobriedade!
'...Espectros únicos e divinos sejam o toque do horizonte...' - interessantíssima frase!
Sensibilizada pelo tua leitura crítica de amigo olhar!
Bom fim-de-semana... não chove ;)
P.S. G.S. são as iniciais da autora blog!
:)
Olá! Gostei da crítica, aqui no Brasil a cantora/compositora é pouca conhecida, mas, eu já havia ouvido cantar numa rádio baiana(Salvador/Bahia) que toca muito Jazz. Me chamou atenção de imediato pela voz um tanto fanhosa e gostosa de se ouvir com um acompanhamento espetacular, muito porreta mesmo, a música era My Heart Belongs To Daddy. Após o término da música o locutor disse o nome da cantora, ai fui para o youtube saber mais dela.
ResponderEliminarAqui no vídeo que você colocou que é da música Daybreak ela envereda e vai beber da fonte da bossa nova, muito bom!
Obrigado por ter ido ao Sibarita volte sempre...
O Sibarita
'My heart belongs to Daddy' foi um dos temas ouvidos na Casa da Música, 'Sibarita'!
ResponderEliminarVolto a referir o apoio musical/instrumental que a cantora teve!
Um tema não muito fácil! Demasiadas versões, muito boas mesmo!
Quanto a 'Daybreak'... essa a fusão melhor - bossa-jazz - de Lisa Ekdahl. Sem dúvida aí gosto! Em gravação...
Sensibilizada pelo olhar em 'fragmentos'!
... assim farei!