se as palavras queimam
e tanta coisa em fumo em tanta coisa.
sarças ardentes do avesso
o fogo em labaredas que mais
fazer.
Anunciada em Janeiro, como escritora homenageada na Feira do Livro do Porto 2022 que se realizará de 26 Agosto a 11 Setembro.
A Universidade recorda Ana Luísa Amaral como “uma autora extraordinária, uma académica distinta e uma cidadã empenhada”.
“A sua obra literária irá certamente garantir que o nome de Ana Luísa Amaral perdurará para todo o sempre, mas quem teve o privilégio de a conhecer de perto terá a memória de uma pessoa generosa e uma ativista dedicada às causas da igualdade e da solidariedade social”
António de Sousa Pereira, Reitor da UP
"Mi carrera ha consistido en cruzar la literatura con las cosas importantes de la vida, que son la reinvindicación de la Justicia."
Ana Luisa Amaral, Premio Reina Sofia de Premio de Poesía Iberoamericana
Considerada um nome maior da poesia portuguesa, Ana Luísa Amaral foi galardoada em 2021 com o Premio Reina Sofia, Poesía Ibero-Americana.
"Dueña de una poesía con referencias en Emily Dickinson o William Shakespeare, Amaral vincula la lírica anglosajona con la portuguesa de los modernistas (Pessoa y Mário de Sá-Carneiro) o posteriores (Jorge de Sena o Sophia de Mello Breyner Andresen)."
Premio Reina Sofia de Premio de Poesía Iberoamericana
Notabilizou-se, também, como escritora de literatura infanto-juvenil, além de ocupar com o estudo da obra de mulheres escritoras.
"O seu feminismo ilustrado, amoroso e visionário, comprova-se não só na preponderância que as figuras femininas, as suas vozes e mundividências milenariamente silenciadas têm na sua poesia, mas, do mesmo modo, no seu percurso académico e como tradutora"
Porto/ Cultura
Ana Luísa Amaral publicou o seu primeiro livro, Minha Senhora de Quê, em 1990.
Nascida em Lisboa, em Abril 1956, a escritora e professora universitária Ana Luísa Amaral, tradutora de romancistas e poetas, vivia em Leça da Palmeira desde os 9 anos.
Recebeu múltiplas distinções ao longo da sua carreira, estando, entre as mais recentes, o Prémio Vergílio Ferreira, da Universidade de Évora, o galardão espanhol Leteo, da Direcção de Acção e Promoção Cultural de Leão, e o Premio Rainha Sofia de Poesía Iberoamericana, atribuído pelo Património Nacional de Espanha e a Universidade de Salamanca, que reconhece o contributo significativo de uma obra poética para o património cultural deste universo.
Também em 2021 venceu o Prémio Literário Francisco de Sá de Miranda 2021, pela obra Ágora, editada pela Assírio & Alvim.
Ana Luísa Amaral “uma das mais relevantes poetisas da atualidade”, aborda, na sua obra, traduzida para diversas línguas, “a memória e vindicação do feminismo português”, destacou o júri do Prémio Vergílio Ferreira 2021, presidido pelo espanhol Antonio Sáez Delgado, que considerou a escritora “uma das mais importantes vozes das letras portuguesas das últimas três décadas”.
via TSF
Foi responsável pelos Projectos Novas Cartas Portuguesas 40 Anos Depois (Dom Quixote, 2014) e New Portuguese Letters to the World (Peter Lang, 2015). Coordenou o Projecto Internacional financiado pela FCT Novas Cartas Portuguesas 40 anos depois, que envolveu 13 equipas internacionais e mais de 15 países. Para folhear aqui
Há dois anos, a Associação das Livrarias de Madrid deu o Prémio de Livro do Ano, na área de Poesia, à edição espanhola de What’s in a name, da escritora portuguesa.
Sinopse
Este ano, 2022, a sua obra poética foi reunida em O Olhar Diagonal das Coisas, incluindo os mais recentes “Sopros”.
"Estes são poemas de precisão, questionamento e de receitas para várias crises: O Olhar Diagonal das Coisas reúne os 17 livros de poesia de Ana Luísa Amaral, trinta anos em verso inaugurados por Minha Senhora de Quê (1990), até ao mais recente Mundo (2021)."
A obra de Ana Luísa Amaral encontra-se traduzida e publicada em várias línguas e países, tendo obtido numerosas distinções, já aqui citadas, e ainda o Prémio Literário Correntes d'Escritas, o Premio Letterario Poesia Giuseppe Acerbi e o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores.
Minha senhora noite desvelada:
Nem chamar-te antiquíssima desejo.
Minha mãe, minha amiga, Noite Minha,
Casa onde sou senhora como tu.(...)
Ana Luisa Amaral, Noite Senhora Minha,
in Se fosse um Intervalo, Dom Quixote
Perda incontornnável de uma das autoras portuguesas mais talentosas e mais conhecidas internacionalmente.
G-Souto
Fragmentos Culturais
06.08.2022
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Sem dúvida uma perda incontornável. Fica a obra literária, para (re)descobrir.
ResponderEliminarTudo de bom.
Sim, uma das melhores escritoras da actualidade :-( Sem dúvida, uma obra vasta para 're'descobrir.
EliminarNem sempre me dou conta dos teus comentários amiigos, AFlores... ando menos por aqui.
Tudo de bom !