sábado, 15 de março de 2014

As Cores da Memória




Decorreu de 20-22 Fevereiro 2014 mais uma edição de Correntes d'Escritas na cidade da Póvoa de Varzim. Um dos eventos mais completos ligados à literatura.

Todos os anos, aponto na minha agenda ir até lá. Afinal, os livros são a minha paixão. Uma das minhas paixões. Não posso esquecer outras tão importantes na minha vida.

Fala-se de livros, conversa-se com escritores, ouvem-se leituras, assiste-se a conferências, mesas redondas, sessões de cinema, e uma feira do livro. Um autêntico tributo às Literaturas.




Feira do Livro | Correntes d'Escritas

Mas, depois, o tempo pouco convidativo, ainda inverno rigoroso - então este ano foi para esquece - meter-me à estrada, e dormir mesmo de frente para o mar em noites de tempestade, desmotivam-me. Coisa pouca eu sei. Mas cada um tem suas pequenas ideias feitas.

Suponho que não será preciso escrever sobre tudo o que se passou nesta edição comemorativa dos 15 anos. 

Correntes d'Escritas 2014 tem toda a informação detalhada no site oficial da CMPV bem como um dossiê de Comunicação que poderá ser folheado online aqui

Também jornais, e blogues literários se dedicaram a essa divulgação em tempo útil.




Alzheimer

Quero, no entanto, escrever sobre um livro muito especial. "Do branco ao preto", uma obra colectiva publicada pela Sextante Editora, 2014. 

O livro foi apresentado nesta edição de Correntes d'EscritasReúne 12 contos ilustrados por Rita Roquette de Vasconcellos.



Do branco ao preto | Sextante, 2014
http://www.sextanteeditora.pt/
"Do branco ao negro" é um livro escrito por 12 autoras, enumeradas na capa, todas mulheres bem conhecidas. Entre elas, nomes grandes da literatura portuguesa. Tal como podem ler na capa, o livro reúne nomes como Ana Luísa Amaral, Lídia Jorge, Maria Teresa Horta, Maria José Barreno - duas das célebres 3 Marias das Novas Cartas Portuguesas (1972) - com reedição anotada (2010), Yvete Centeno, Clara Ferreira Alves, ou São José Lapa, entre outras.

Voltemos à componente solidária que me leva a escrever sobre o livro. Os direitos autorais do livro revertem a favor da Associação Alzheimer Portugal.



Year of the Brain in Europe 2014
No Ano do Cérebro na Europa, as doze mulheres contam 12 histórias em homenagem àqueles que vão perdendo a capacidade de as contar. Cada uma recebeu como tema uma cor, reflectindo a diversidade, na sua diferença e na sua complementaridade. 
Maria Teresa Horta ficou com a cor dos seus olhos. “O azul claro é uma coisa que tenho e de tal maneira está integrado em mim, que vejo todos os dias ao espelho, que não é cor já. Acho que este livro é um arco-íris, porque estão aqui autoras novas, que as pessoas não conhecem tao bem, e têm uma oportunidade de conhecer.”
A Lídia Jorge foi confiada a cor verde água. “É uma história de vida e morte, mas com um triunfo do esplendor. Achei que era bom dado que é direccionado a determinados doentes. Achei que deveria falar de alguma coisa positiva que tivesse relacionamento com a vida. Foi muito fácil escrever, uma alegria. Aquilo que num primeiro momento me pareceu insólito acabou por ser um instrumento de coesão em relação à história.”




2014 Ano do Cérebro na Europa
Os direitos autorais do livro revertem a favor da Associação Alzheimer Portugal. Uma causa bem nobre que nos levará certamente a adquirir o livro.

Todos nós temos ainda bem presente o filme belíssimo, comovente, de Michael Haneke, Amour, tão premiado no ano 2013.

G-S

Fragmentos Culturais

15.03.2012
Copyright © 2014-Fragmentos Culturais Blog, fragmentosculturais.blogspot.com®

7 comentários:

  1. obrigado pela dica "do branco ao negro"...

    (gosto que gostes dos poemas la no Relógio)

    beijo

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  2. Uma causa muto nobre, este livro !

    Beijo, 'Herético'

    (sempre gostei do teu poetar)

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  3. A minha capacidade de guardar, sai sempre valorizada depois de passar por aqui.

    Fiquei curioso e anotei. Obrigado.

    Tudo de bom.

    :)

    ;)

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  4. Como sempre, uma mão cheia de coisas interessantes sobre a Cultura.
    Bem hajas.

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Uma causa nobre com boa literatura, 'aflores' !

    Tudo de bom :-)

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  7. Sempre que posso... mas ultimamente, ando mais arredia, João. Talvez o tempo, não sei.
    Mas continuo presa a este meu canto.

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