Orfeu e Euridice
Olga Roriz
Centro Cultural de Belém
A Lonjura do Poema
A desmesura do corpo
a lonjura do poema
A largura do mar alto
em carta
de rota e pena
A luxúria da memória
a saudade do perdido
feito de nós e de olvido
De se escrever português
em páginas
de verso e vidro
No seu trabalho
e resguardo
de passado e de sigilo
Feito de língua
materna
leite de peito despido
De cantares e do contar
em versos
de linho e livro
Com palavras de poetas
de cristal e aventura
imagens e descobertas
De rimar e de remar
num oceano de perigo.
Maria Teresa Horta, A Lonjura do Poema, 21 Março 2014
in Página Oficial Maria Teresa Horta
Confesso que gosto muito mais da poesia de Maria Teresa Horta, nesta sua nova fase. Menos agressiva. Mais afectuosa.
E hoje celebrando-se o Dia Mundial da Poesia, gostei deste poema para o celebrar.
A UNESCO celebra muitos nomes da poesia mundial ao longo de 2014. Na listagem, não aparecem poetas portugueses. Talvez não haja centenários de poetas portugueses...
A UNESCO celebra muitos nomes da poesia mundial ao longo de 2014. Na listagem, não aparecem poetas portugueses. Talvez não haja centenários de poetas portugueses...
Orfeu e Euridice | Olga Roriz
Centro Cultural de Belém
A CNB tem a decorrer As horas de Sophia, uma das iniciativas a propósito da obra poética de Sophia de Mello Breyner Andresen, que se realizará ao longo de todo o ano de 2014.
"Serão sessenta minutos dedicados aos poemas da escritora, antes de um dos espectáculos de cada programa da temporada, nos quais o público será convidado a participar (se for esse o seu desejo), lendo os poemas que queira trazer de casa.
Dentro da sua vasta obra, será desejável a escolha de temas relativos a cada uma das produções da CNB ou, genericamente, ao tema da dança."
Poesia e dança são inseparáveis. Há muito não passa pela cidade um espectáculo de bailado contemporâneo.
Sei que os espaços não são muitos. Mas o Teatro Rivoli tinha uma bela sala. Nela assisti a grandes companhias de bailado. Não mais.
G-S
21.03.2014
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Fui ver e com muito agrado "Orfeu e Eurídice", no domingo passado ao Teatro Camões.
ResponderEliminarum belíssimo poema.
ResponderEliminarexcelente partilha a tua.
beijo
Andamos todos a precisar de momentos belos de poesia, de dança e bailado.
ResponderEliminarEu tento não perder esses momentos (entre outros), quanto mais não seja passando por aqui :) ;)
Tudo de bom.
:)
;)
Inveja (boa), João. Como gostaria! Esperemos que passe por cá...
ResponderEliminarBelo, sim. Sabes que gosto muito mais da poesia de Maria Teresa Horta, na actualidade?
ResponderEliminarBeijo, 'Herético'
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarE como andamos, 'aflores' !
ResponderEliminarEsta cidade continua triste, e sem primavera :-(
Tudo de bom !