sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Outras poesias da Península Ibérica




Rui Romão
http://www.flickr.com/photos



Bom é que não esqueçais

Que o que dá ao amor rara qualidade

É a sua timidez envergonhada.
Entregai-vos ao travo doce das delícias

Que filhas são dos seus tormentos
Porém, não busqueis poder no amor...

Que só quem da sua lei se sente escravo
Pode considerar-se realmente livre.

Ibn 'Ammãr
Poeta hispano-árabe, 1031-1084

G-S

Fragmentos literários, antigas civilizações na Península Ibérica


29.08.2008
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14 comentários:

  1. "Alguém me habita como uma árvore ou um planeta.
    Estou perto e estou longe no coração do mundo. "

    Antonio Ramos Rosa -
    A noite chega com todos os seus rebanhos

    Um afectuoso beijo!

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  2. Belissimo...

    Fragmentos, passei por aqui também para desejar-lhe um Feliz BlogDay,
    deixei-te uma indicação no Alfazenite...

    Abraços

    Hanah

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  3. Fragmentos,

    De volta....

    e encontro aqui logo, logo, uma das coisas que aprendi a amar...a poesia árabe!!!!
    Na Faculdade, um dia, o Prof. Borges Coelho deu uma(das suas Muitas) aulas inolvidáveis... e eu descobri um novo mundo!!!!
    Agredeço esta recordação!!!!

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  4. muito bem outra vez...

    recuperei do ataque informático e consigo finalmente voltar aqui para te ler.

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  5. Constando dos n/links, confesso ser a primeira vez que visito o blog e lamento não o ter feito há mais tempo.
    Possivelmente o "link" foi metido por outro colaborador do blog.
    Agora que li a poesia hispano-árabe, tenho de reconhecer ter sido uma boa aquisição.

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  6. ... António Ramos Rosa é um poeta que aprecio profundamente, 'a'!

    'Dir-se-ia que o ser respira e se deslumbra
    e que tudo ascende sob um sopro silencioso.
    Nenhum sentido mas os signos amam-se
    e o brilho e o rumor formam um mundo.'

    António Ramos Rosa, Um mundo,
    Acordes, Quetzal Editores, 1990

    Sensibilizada pelo teu olhar em 'fragmentos'!

    Um beijo,

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  7. Hanah,

    Sensibilizada pela lembrança no 'BlogDay'!

    Quis retribuir, segui-te até 'alfazenite', mas não existe!?

    Abraços,

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  8. ... os árabes tinham um conceito literário do amor assaz interessante e muito poético!
    Não conheço a literatura contemporânea...

    Sensibilizada, Filipe, pelo olhar em 'fragmentos!
    Bom fim-de-semana!

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  9. ... mas que agradável 'avelaneira' ver-te/ler-te de novo em 'fragmentos'!

    Como já escrevi mais acima, também eu tenho uma 'gosto' muito especial pela literatura árabe antiga! É de facto um mundo diferente e cheio de sensibilidade!
    Da actual, nada sei no que concerne a poesia...

    Excelente fim-de-semana e bem estar!
    Um beijo

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  10. ... não sabia que tinhas sofrido um 'ataque informático, Tiago :(

    É verdade que também tenho andado um pouco distanciada...

    É sempre muito agradável 'ler' teu olhar atento a 'fragmentos'!

    Um beijo
    ... e a recuperação total

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  11. ... penso que já andaste por aqui, 'Peter, embora já tenha passado algum tempo!

    Não sei qual o colaborador do teu espaço que possa ser meu leitor...

    Ainda bem que apreciaste esta tipologia poética hispano-árabe, deixada na península Ibérica!
    Não tem sido muito divulgada, o que é de lamentar!

    Um bom dim-de-semana!

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  12. Diz o poema que o que dá ao amor rara beleza é a sua timidez envergonhada. Realmente no passado, era assim, e era essa a beleza, mas infelizmente nós nossos dias toda essa timidez se perdeu, e o amor parece que se tornou num lugar comum, sem conteúdo nem sentido.
    Beijinhos.

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  13. ... para alguns será assim, Art!

    Mas há que viva o amor sem ser lugar comum, com sentimento mesmo que nada faça sentido...

    Um beijo

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