Charles Aznavour [1924-2018]
créditos: Reuters
"I don't express myself particularly well when I talk, but when I write, words, melodies flow,"
Charles Aznavour, The Telegraph 2001
E este Dia da Música trouxe-nos a tristeza, a nostalgia. Charles Aznavour morreu.
Até no dia da sua morte, Aznavour fica eternamente ligado à música. Neste Dia da Música influenciou com muita intensidade nossos sentimentos.
Charles Aznavour [1924-2018]
créditos: Bertrand Rindoff Petroff/Getty Images
au Palais des Sports, Paris 2015
"On October 1st, Charles Aznavour, the world’s last and greatest troubadour, was found dead at his home in the small village of Mouriès, in southern France."
New Yorker, Remembering The Last and Greatest Troubadour
Não houve meio de comunicação social, a nível internacional que não lhe rendesse uma imensa homenagem.
Charles Aznavour [1924-2018]
créditos: Bertrand Rindoff Petroff/Getty Images
Charles Aznavour is honored with star on the Hollywood Walk of Fame 2017
Aznavour era mesmo um troubador. O maior troubadour dos novos tempos. No modo como cantava, no modo como se entregava às palavras das suas canções.
Ele não é o 'Frank Sinatra of France'. Ele é muito mais! É a litania da nossa alma profunda que só ele sabe tocar com a sua voz. Com imensidão e nostalgia. 'Aznavour is the master of the chanson." É o master dos nossos sentimentos.
Bastou ler a notícia para que os nossos sentimentos despoletassem enormes sensações. Tristeza, saudade, amor, medo, alegria, serenidade. E muitos de nós ouviram-se a cantar versos das suas canções, de olhos marejados ou sorrisos ternos. Uma memória infindável de meus pais. Eu cresci com a música e voz de Aznavour lá em casa.
Les plaisirs démodés/ The old fashioned way! Oh! Quanta ternura colou em mim. E tantas outras canções que ouvi em casa e meus pais que eram apreciadores de música francesa.
E quando me levaram a Paris para assistir a um concerto de Charles Aznavour! Era quasr uma miúda. Mas a sua música encantava-me a cada canção. Meus pais ouviam-no quase religisionamento. E a sala de concerto, completamente esgotada, cantarolava com ele todas as melodias.
Um homem de estatura pequena, estrutura muito franzina, que em palco se tornava enorme! Aquela voz inebriante. Não mais esqueci.
She que só ele sabe cantar. Com mais emoção, se possível, do que o seu autor, Elvis Costello.
Lembro que estava em Paris quando da estreia mundial do filme Nothing Hill ! E o filme começou logo com tema She cantado pela voz de Charles Aznavour! Um deslumbramento a juntar a outro deslumbramento que foi assistir ao filme!
Ou Quand tu m'aimes...
Com 70 anos de carreira, Charles Aznavour, morre hoje no Dia Internacional da Música. Compôs mais de 1 400 canções. Cantou em diferentes línguas, e deu concertos em muitas partes do mundo.
"Plus de soixante-dix ans de carrière, plus de quarante ans de succès, plus de 1 400 chansons, dont une centaine d’anthologie, six langues chantées, des milliers de concerts donnés dans quatre-vingt-deux pays, des salles compliquées, des music-halls, des galas chics. Carnegie Hall à New York, l’Albert Hall à Londres."
Le Monde
"Charles Aznavour fut d’abord acteur, ne cessa jamais de l’être, chantant Danse avec moi dos à la salle, la main posée sur son épaule comme s’il s’agissait de celle d’une femme ; mimant le travesti de Comme ils disent. Charles Aznavour, l’amoureux pudique et fier qui écrit : « Il faut savoir quitter la table/Lorsque l’amour est desservi/Sans s’accrocher l’air pitoyable », fut aussi un éclat de vie. "
Le Monde
Avec un brin de nostalgie. Oui.
G-S
Fragmentos Culturais
01.10.2018
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