Coisas do nada, naturaes da vida, insignificancias do usual. Bernardo Soares, Livro do Desassossego I, Atica 1982
quinta-feira, 13 de junho de 2024
Françoise Hardy [1944 - 2024] : A terna cantora-intérprete dos nossos amores e desamores
quinta-feira, 1 de outubro de 2020
Dia Internacional da Música : Juliette Gréco, a Musa do Existencialismo
Juliette Gréco, cantou Léo Ferré, Jacques Prévert, Serge Gainsbourg. Cantou também Pierre Desnos, Bertolt Brecht, Boris Vian, Françoise Sagan, Charles Aznavour, Guy Béart, e Georges Brassens.
"Ce sont les mots qui dictent le geste, jusqu'au bout des doigts"
Juliette Gréco
Os verdadeiros apreciadores de Gréco lembram temas como "Jolie môme" (1961), La Javanaise (1963), e alguns anos mais tarde, Déshabillez-moi (1967). Títulos que evocam os grandes clássicos da chanson française.
Celebrizada pela sua interpretação de Belfegor (1965), na série televisão epónima, a cantora da Rive Gauche estreou-se no teatro em 1945, em “Victor ou les enfants du pouvoir”, e no cinema em 1949, em “Orphée”, de Jean Cocteau.
Com uma carreira repartida pela canção e o cinema, com passagens por Hollywood, Gréco tornou-se a "diva" da chanso française. Recebeu em 2012, as insígnias de Commandeur de la Légion d'honneur, entre outras distinções.
Juliette Gréco
crédits: Victor Diaz Lamich, 2006/ via Wikipedia
domingo, 15 de dezembro de 2019
Anna Karina : O icon da Nouvelle Vague
Hanne Karin Bayer, seu verdadeiro nome, começou a sua carreira, embora menor, como manequim na casa de alta costura, Coco Chanel. Foi aí que lhe deram o nome de Anna Karina.
Tinha apenas 18 anos quando chegou a Paris, vinda da Dinamarca de auto-stop, cheia de sonhos para ser actriz. Uma franja acastanhada e uns imensos olhos azuis. Lindos!
Alguns anos mais tarde, não muitos, Anna Karina realizava o sonho. Tornou-se um dos ícones mais célebres da Nouvelle Vague.
Nos anos 60, fez sete filmes con o realizador Jean-Luc Godard, com que esteve casada (1961). Pierrot le Fou, um dos filmes marcantes. A sua frase « Qu’est-ce que j’peux faire, j’sais pas quoi faire ») ficou eternizada.
Outros filmes como Bande à part com esta cena marcante:
"I was the youngest actress to win the Best Actress award at the Berlin festival. Everybody was talking about me, and my mother was very proud."
Anna Karina
Trabalhou também com Agnès Varda, Chris Marker, Roger Vadim, Luchino Visconti ou Jacques Rivette.
Actriz aclamada, foi a musa inspiradora de muitos dos filmes de Jean-Luc Godard. Mas sobretudo o símbolo da Nouvelle Vague.
Anna Karina fez também carreira como cantora. Podemos ouvi-la em várias bandas sonoras originais como Une femme est une femme (1961), Bande à part (1964) e La Religieuse de Jacques Rivette (1966).
Serge Gainsbourg compôs a banda original do télé-filme Anna no qual Anna contracena com Serge Gainsbourg e Jean-Claude Brialy (1967). Aí interpreta o êxito "Sous le soleil exactement".
A morte desta grande senhora do cinema despoletou, de imediato, homenagens
vindas de todo o mundo, nos jornais, e redes sociais. A mágoa, tristeza, dos conhecedores de cinema, e de personalidades de várias vertentes do mundo das artes e cultura
Franck Riester, ministro da Cultura França, manifestou na sua conta do Twitter a sua imensa tristeza e prestou homenagem a Anna Karina:
"Son regard était le regard de la Nouvelle Vague. Il le restera à jamais. Chez Godard surtout, mais aussi Rivette ou Visconti, Anna Karina irradiait ; elle magnétisait le monde entier.
Aujourd'hui, le cinéma français est orphelin. Il perd l'une de ses légendes."
“After all, things are what they are. A message is a message, plates are plates, men are men, and life is life.”
Anna Karina
G-S
Fragmentos Culturais
15.12.2019
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