segunda-feira, 31 de maio de 2010

Dennis Hopper 1936-2010






Dennis Hopper (2005)

Festival de Cannes, 2005

REUTERS/Vincent Kessler/files (FRANCE)



Cinéfila assumida, não podia deixar de homenagear Dennis Hopper, actor e realizador que fez parte de uma nova geração de Hollywood. Notabilizou-se pela coragem de introduzir a contra-cultura no cinema americano! 

Dennis Hopper foi vencido pela terrível doença diagnosticada em 2009. Um ano  corajosa luta.






Dennis Hopper
Andy Wahorl, litography






Dennis Hopper
Andy Warhol (1979)


Dennis Hopper o grande rebelde de Hollywood, imortalizado no mítico filme Easy Ryder onde foi realizador e actor, e nas interpretações geniais Apocalypse Now, Blue Velvet, Rebel Without a Cause entre outros.





Easy Rider, 1969
Peter Fonda & Dennis Hopper


"We rode the highways of America and changed the way movies were made in Hollywood," Peter Fonda, his Easy Rider co-star, said in comments carried by several news outlets. 

"I was blessed by his passion and friendship."

Peter Fonda






Blue Velvet
David Lynch, 1986


Outro dos grandes filmes da sua carreira, desta vez apenas como grande actor. Um dos filmes que fez maipr suceesso de David Lynch e que faz parte da história do cinema de qualidade.






The Last Movie
Dennis Hopper, 1971
credit; Eeveret Collection


"Dennis Hopper, whose portrayals of drug-addled, often deranged misfits in the landmark films “Easy Rider,” “Apocalypse Now” and “Blue Velvet” drew on his early out-of-control experiences as part of a new generation of Hollywood rebel"

Edward Wyatt, New York Times, 2010







Dennis Hopper [1936-2010]
Google Images Archive


Nomeado duas vezes para os Academy Awards e duas vezes nos Golden Globes ganhou finalmente o seu lugar no Passeio da Fama, já muito debilitado, poucos meses antes de morrer! Triste reconhecimento tardio!







Dennis Hopper
via Outside the Beltway


Entre muitos outros filmes, destaco Blur Velvet, e claro Easy Rider.


Para os verdadeiros fãs da historiografia do cinema, um tributo a Dennis:









"Like all artists I want to cheat death a little and contribute something to the next generation" 


Dennis Hopper


G-S

Fragmentos Culturais

31.05.2010

actualizado 15.02.2024

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domingo, 30 de maio de 2010

Muse no Rock in Rio 2010




Muse | Rock in Rio, Lisboa 

Fotografia: Castor (28.05.10)

Tenho assistido a alguns concertos do Rock in Rio pela SIC Radical! Já que não me desloquei, posso pelo menos fruir. Excelente! Bem sei que seria muito mais interessante a assistir ao vivo.


Sexta-feira, foi a vez dos Muse! Um grupo que conheço, oiço, mas não admiro integralmente. E por que razão?

Falta de originalidade? De certo modo, me pareceu. Porque identifico fortes colagens a bandas icónicas! E fazem-no de uma forma pouco saudável! As sonoridades metálicas, a tonalidade vocal de grupo apresentadas, remetem para outras celebradas bandas dos anos 80! E já lá iremos.

Todos nós sofremos influências, sem dúvida, das coisas que admiramos. Mas é  bom evitar a 'colagem' pura, a não ser que a nossa admiração seja tão forte que queiramos homenagear, fazendo por isso, uma clara alusão! 

Ninguém esquece que os Oasis grupo que continuo a admirar, e a ouvir - sempre afirmaram publicamente a sua enorme inspiração nos Beatles. Mas conseguiram criar uma carreira e construir música de forma paralela e bem original.


Muse | Rock in Rio, Lisboa 
Fotografia: autor não identificado

Voltemos então aos Muse! Não li nem ouvi nada da parte do grupo em que referisse as suas influências.

Por exemplo, no último tema tocado nessa noite, o solo inicial, deu clique! Supertramp! Estaria equivocada? Seriam os Supertramp e a sua tão célebre introdução do primeiro concerto, que passou a ser a introdução da banda em todos os concertos ao longo dos anos! 

Fui ouvi-los a Lisboa, no último concerto da banda, já não na sua formação original. Mesmo assim muito bom. Pavilhão Atlântico esgotado. A tal 'agressividade electrónica' como só eles conseguiram criar mesclando-a de sonoridades melódicas. Absolutamente fantástico.

Pois, de repente, levada pelos Muse, saltei para os Supertramp!

Ora relembrem lá  o que ouviram na sexta-feira, no recinto do Rock em Rio ou em casa via SIC Radical! Párem, oiçam e  comparem!




Supertramp 70-10 Tour from Supertramp on Vimeo.


Sinceramente! Ouviram alguma menção de homenagem aos Supertramp? Eu não! E o concerto foi transmitido na íntegra via SIC.

Uma nota ainda. Falta de entrega, de carinho pelos fãs que ali acorreram em massa. Estáticos no palco, sem abandonar as suas posições, sem paixão, ou pequeno gesto de agradecimento ao seu público. Afinal os fãs mais dedicados estavam lá todos! 

G-S

Fragmentos Culturais

29.05.2010
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sexta-feira, 28 de maio de 2010

1ª Feira do Livro Novo, Manuseado, Antigo e Raro



                              
Arcada Interior Reitoria Universidade do Porto
             
Livros novos, manuseados, antigos e raros, a preços convidativos, podem ser adquiridos hoje e amanhã, dias 28 e 29 Maio 2010,  no Porto, numa feira que conta com alguns dos principais alfarrabistas da zona dos Clérigos.

A feira terá lugar nas arcadas do edifício da Reitoria da Universidade do Porto (Praça Gomes Teixeira), palco da primeira edição da "Feira do Livro Novo, Manuseado, Antigo e Raro".


Reitoria Universidade do Porto / Praça dos Leões

As Livrarias Moreira da Costa, Académica, Utopia, Vieira, João Soares, Lumière, Poetria e Paraíso do Livro, mudam-se durante dois dias para a Reitoria, juntando-se à Loja da Universidade do Porto, para apresentar à cidade um conjunto diversificado de publicações, entre as quais algumas raridades, a preços convidativos.

A alguns metros de distância, a partir dos seus próprios espaços comerciais, as livrarias Lello, Imprensa Nacional Casa da Moeda, Unicepe e Bookmania, participam também nesta feira.

Em declarações hoje à Lusa, o alfarrabista João Soares explicou que a iniciativa nasceu no âmbito do projecto "Bairro dos Livros" que está a ser estudado em colaboração com a Câmara do Porto para aquela zona da cidade, que reúne cerca de 30 livrarias.

Nos stands montados nas arcadas da Reitoria da Universidade do Porto, na Praça Gomes Teixeira (também conhecida como Praça dos Leões) haverá "raridades" e "algumas primeiras edições de autores portugueses do século XX", referiu João Soares.

Bem, esta será a parte mais aliciante! Para quem tem os livros como objectos de culto! E o prazer de os ler!


O que de sonho jaz nas encadernações vetustas,
Nas assinaturas complicadas (ou tão simples e esguias) dos velhos livros.


(...)
Tudo quanto sugere, ou exprime o que não exprime, 
Tudo o que diz o que não diz, 
E a alma sonha, diferente e distraída. 


Álvaro de Campos, Esplendor, 2ª e 4ª estrofes
in Poemas


A "Feira do Livro Novo, Manuseado, Antigo e Raro" terá lugar no dia 28 de Maio (sexta-feira), entre as 15 e as 20 horas. No dia 29 de Maio (sábado), as portas do evento estarão abertas das 10 às 20 horas.

Uma ideia que me agrada! Em tudo!

G-S

Fragmentos Culturais

28.05.2010
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Referências: 

sigarra.up.pt
expresso.pt

* A feira tem um cartaz próprio, não disponível.

sábado, 22 de maio de 2010

Rolling Stones: inédito 'Stones in Exile' no Festival de Cannes 2010






 Stones in exile (documentário), 1972


Esperava-se que os Rolling Stones aparecessem na Quinzaine des Réalisateurs, Festival de Cannes, para assistir à projecção do documentário inédito Stones in exile sobre a gravação do mítico álbum Exile on main street (1972).





Exile on main street
Rolling Stones



A curta metragem realizada por Stephen Kijac  teve a sua 'avant-première' no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMa) onde os Rolling Stones se fizeram representar por três membros da banda.


Na Croisette só o carismático Mick Jagger esteve presente, dia 19 Maio 2010. E como sempre, Mick Jagger fez sensação!






Mick Jagger à la Croisette, 2010
 credits: Visual


Antes do filme, o 'rocker' subiu ao palco para fazer uma curta apresentação. E proferiu com  humor:

« A l’époque (…) nous étions jeunes, beaux et stupides. Maintenant, nous ne sommes que stupides ! »


A apresentação deste documentário coincide com a saída de um nova versão remasterizada do álbum Exile on main street que inclui dez temas inéditos.





Rolling Stones (Porto, 2006)
Estádio Porto

Estive no concerto dos Rolling Stones quando passaram pelo Porto, em Agosto 2006, na sua tour A Bigger Band. E não há dúvida! Estes senhores foram fantásticos, apesar dos 45 anos de carreira! 








G-S

Fragmentos Culturais

21.05.2010


* ... a Gonçalo, pela amizade  com que continua a dedicar a este espaço a atribuição de prémios.

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domingo, 16 de maio de 2010

O Diário Azul : um livro a reter !






O Diário Azul
Dr. James A. Levine
Porto Editora, Maio 2010


"Um testemunho ao potencial e ao poder da literacia."


Publishers Weekly


"Chamo-me Batuk. Sou uma rapariga de quinze anos a viver num ninho da Common Street em Bombaim. Já cá estou há seis anos e fui abençoada com beleza e um lápis. A minha beleza vem do interior. Quanto ao lápis veio da orelha de Mamaki Briila,que é a minha patroa."


in O Diário Azul, Dr. James A. Levine (excerto versão digital)
Porto Editora, pág. 9


«O Diário Azul conta a história de Batuk, uma menina indiana (baseada na criança que o autor viu em Mumbai) vendida como escrava sexual pelo próprio pai. No caderno que sempre acompanha a personagem, esta menina-prostituta de Mumbai inventa histórias encantadoras para fugir à terrível realidade dos dias."

Há livros assim. Colocam o nosso intímo num alvoroço que permanece connosco, muito além do fim da história. Autênticos milagres da imaginação. Este é, sem dúvida, um desses livros. 


Khaled Hosseini, autor de O Menino de Cabul, já adaptado ao cinema, considera, que a voz da protagonista “ficará na mente do leitor por muito, muito tempo”.






Diário Azul (contracapa)
James A. Levine
( Livraria Bulhosa.extinta)



Neste romance de estreia, James A. Levine, além de humanizar o cruel mundo da prostituição infantil, faz passar, também, uma mensagem emotiva sobre o poder das palavras e da leitura.


Não sei! Será possível humanizar o mundo de uma criança, vendida pelo próprio pai, para ser explorada sexualmente?! Mas é sem dúvida, uma fuga possível, o saber ler e escrever. 


Munida deste enorme poder, associada à beleza interior, recriar uma vida paralela suavizada, funcionará como espaço imaginário de uma mente luminosa! 





The Blue Note
James A. Levine

Vi que as receitas revertem a favor da organização de apoio às crianças desaparecidas, exploradas. e abusadas sexualmente. Não hesitei. Comprei. Ontem!


Não vai ser uma leitura fácil! Não pela narrativa, que vi de imediato ser particularmente simples, já que imbuída, supostamente, pela mente de uma menina de quinze anos. Mas pela temática. 


Embora saiba que é uma obra de ficção, não estarei imune à verdade que ela transmite. 
Todos os dias passam mas notícias do mundo, crianças desaparecidas, ou crianças abusadas. Para vergonha da Humanidade!


"The Blue Notebook brings us into the life of a young woman for whom stories are not just entertainment but a means of survival. Even as the novel humanizes and addresses the devastating global issue of child prostitution, it also delivers an inspiring message about the uplifting power of words and reading–a message that is so important to hold on to, especially in difficult times."


Celina Spiegel, publisher




The Blue Note*
James A. Levine, July 2009

James A. Levine é Professor de Medicina na Mayo Clinic, cientista de renome mundial, médico e investigador.


Vivia há época em que escrevi sobre o livro, em Oronoco, no estado do Minnesota. Viajara pela India e, em Mumbai, onde esteve a entrevistar meninos de rua, ficou-lhe na mente a imagem de uma menina sentada na berma de um passeio, a escrever num diário.

Esta visão foi tão marcante que o inspirou a dedicar-se à escrita.


As receitas de venda nos Estados Unidos foram doadas pelo autor ao ICMEC (International Centre for Missing & Exploited Children).


"Este livro mudará a forma como vemos a humanidade e o nosso lugar nela."

Minneapolis Star-Tribune


G-S


Fragmentos Culturais

16.05.2010

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(lateral blogue)