Simone de Beauvoir
créditos: Autor não identificado
"Self-knowledge is no guarantee of happiness, but it is on the side of happiness and can supply the courage to fight for it."
Simone de Beauvoir
Gosto de escrever sobre literatura. São muitas as publicações que tenho dedicado a grandes vultos da literatura portuguesa e mundial.
Chegou hoje o momento de escrever sobre Simone de Beauvoir.
Gosto de escrever sobre literatura. São muitas as publicações que tenho dedicado a grandes vultos da literatura portuguesa e mundial.
Chegou hoje o momento de escrever sobre Simone de Beauvoir.
Simone de Beauvoir, romancista, filósofa, ensaísta, intelectual no clássico sentido da palavra, teria feito 106 anos em 9 de Janeiro passado.
O motor de busca Google não deixou de a homenagear com um Doodle*, surpresa muito agradável ao aceder à página principal do browser, nesse dia.
O Doodle representa Simone sobre cenário da rue Saint-Benoît, Paris, onde se situa o Café Flore, esquina Boulevard Saint-Germain and Rue Saint-Benoît, 6e arrondissement.
Um espaço para sempre associado a Beauvoir e Sartre, e a todos os artistas e intelectuais da época. Hoje, ponto de 'peregrinação turística' em pleno séc. XXI.
O motor de busca Google não deixou de a homenagear com um Doodle*, surpresa muito agradável ao aceder à página principal do browser, nesse dia.
O Doodle representa Simone sobre cenário da rue Saint-Benoît, Paris, onde se situa o Café Flore, esquina Boulevard Saint-Germain and Rue Saint-Benoît, 6e arrondissement.
Um espaço para sempre associado a Beauvoir e Sartre, e a todos os artistas e intelectuais da época. Hoje, ponto de 'peregrinação turística' em pleno séc. XXI.
Simone-Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir, "philosophe et femme de lettres, attachée au mouvement de l'existentialisme et au communisme, reste aujourd'hui l'une des plus grandes figures du féminisme, comme de la vie intellectuelle et politique de l'après-guerre en France. Normalienne, agrégée de philosophie, elle fonde en 1945 avec son compagnon Jean-Paul Sartre et plusieurs autres intellectuels la revue Les temps modernes."
Le Point.fr
Simone de Beauvoir & Jean-Paul Sartre
créditos: Photographies de Brassaï
O duo Sartre-Beauvoir apaixonou a literatura e a filosofia do século XX. Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre formam um dos casais míticos e anticonformistas da vida cultural do século XX.
Beauvoir e Sartre conheceram-se nos anfiteatros da Sorbonne, em finais dos anos 20. Ela tinha vinte e um anos, ele vinte e quatro. Os seus destinos ficaram ligados ao longo de 50 anos.
Beauvoir e Sartre, iniciadores da filosofia denominada Existencialismo, fundaram, em conjunto com outros existencilalistas, a revista Les Temps Modernes (1945).
Simone de Beauvoir
créditos: Autor não identificado
De Beauvoir manteve uma relação ao longo da vida com Jean-Paul Sartre, o que não excluiu outros relacionamentos, quer da parte de um quer da parte do outro.
Beauvoir assumia que a ausência de casamento e filhos lhe permitia prosseguir os seus estudos e carreira como professora, bem como a sua escrita.
En 1949, Simone de Beauvoir publica um ensaio intitulado Le deuxième sexe, de onde foi extraída a célebre frase "on ne naît pas femme, on le devient".
O livro analisa a condição feminina da época e defende teses bastante progressistas. Fez escândalo. Mas tornou-se rapidamente um sucesso.
Les Mandarins, 1954
Simone de Beauvoir
«- Qu'est-ce qui ne va pas ?
- Rien, tout va très bien, dis-je d'un ton dégagé.
- Allons ! Allons ! je sais ce que ça veut dire quand tu prends ta voix de dame du monde, dit Robert. Je suis sûr qu'en ce moment ça tourne dur dans cette tête. Combien de verres de punch as-tu bus ?
- Sûrement moins que vous, et le punch n'y est pour rien.
- Ah ! tu avoues ! dit Robert d'un ton triomphant ; il y a quelque chose et le punch n'y est pour rien ; quoi donc ?
- C'est Scriassine, dis-je en riant ; il m'a expliqué que les intellectuels français étaient foutus.»
Simone de Beauvoir, Les Mandarins (extrait), 21.10.1954
De Beauvoir abandonou em seguida o género literário, o romance, para se dedicar a obras autobiográficas.
Em 1958, Mémoires d'une jeune fille rangée, "Castor" (o sobrenome foi-lhe atrbuido pela semelhança com o seu apelido 'beaver' (castor em inglês), conta o seu percurso, a conquista da liberdade intelectual e amorosa, apesar dos conservadorismos da época.
La Force des Choses, 1963
Simone de Beauvoir
La cérémonie des adieux
suivi de Entretiens avec Jean-Paul Sartre
août - septembre 1974
Simone de Beauvoir
No seu último livro, La cérémonie des adieux, fala da morte de Jean-Paul Sartre. A sua relação tumultuosa continua ainda hoje a fascinar escritores e artistas.
Les Amants du Flore, TV film
Ilan Duran Cohen, 2006Mais recentemente, Violette (2013) que fala do percurso de Beauvoir e da romancista Violette Leduc.
Preferi não incluir os vídeos trailers por considerá-los um pouco ousados. Deixo à consideração dos leitores querer visioná-los, seguindo os links.
Sartre morreu em 1980, Simone de Beauvoir em 1986. Repousam os dois no célebre cimetière du Montparnasse, Paris. De Beauvoir escreveu e editou até à sua morte.
(Re)découvrir L'Oeuvre de
Beauvoir
sous la Direction de Julia Kristeva
Le Prix Simone de Beauvoir, pela libertação das mulheres, foi criado em sua memória em 2008, numa iniciativa de Julia Kristeva no 100º aniversário de Beauvoir.
O prémio é financiado pela Université de Paris, Paris Diderot Foundation, edições Gallimard et Cultures France.
No final de 2013, a escritora Irène Frain, publicou o livro Simone in Love. Segundo dados históricos, esta relação coexistiu com a relação de Sarte e Beauvoir.
Como sempre, não aprovo as obras de carácter biográfico publicadas após a morte de personalidades importantes, pelo facto de poderem ser ou não de carácter especulativo.
Beauvoir in love
Irène Frain
Obra que se dedica a explanar o encontro literário e amoroso de Beauvoir com o escritor americano Nelson Algren. A descobrir?
Simone de Beauvoir & Nelson Algren, Chicago 1950
"L'humanité préfère à la vie des raisons de vivre".
Simone de Beauvoir, Le Deuxième Sexe.
G-S
Fragmentos Culturais
12.01.2014
actualizado em 09.01.2022
actualizado em 09.01.2022
Copyright © 2022-Fragmentos Culturais Blog, fragmentosculturais.blogspot.com®
*Nota: 'Doodles' são um tipo de esboço ou desenho, 'rabiscos', no sentido literal da palavra, criado pela Google a partir do seu lógotipo que aparecem de forma intermitente na página inicial do motor de busca, para celebrar um evento ou uma personalidade.
O primeiro apareceu em 1998 para o Festival Burning Man (deserto de Nevada). Desde aí, mais de mil doodles já foram criados e a tradição continua.
Os doodle levam - web obriga - a um link hypertexto para a págna de resultados de pesquisa na internet sobre o assunto ou personalidade celebrados. Desde 2011, alguns desses doodles passaram a conter vídeos.
uma plêiade de intelectuais que moldaram o Tempo...
ResponderEliminar... quem hoje?
beijo
As tuas postagens são sempre excelentes! a semana passada também senti uma agradável surpresa ao abrir o google, não estava muito parecida, quase parecia a Frida kahlo mas, conta sempre a intenção
ResponderEliminarBeijinhos
Pois... 'quem hoje! ' Há muito que se vem falando que as Humanidades estão a desaparecer :-(
ResponderEliminarNada há de novo no vasto campo dp pensamento, sim, verdade.
O(s) tempo(s) são outros, a evolução tomou rumos diferentes. Há muitos escritores, raríssimos pensadores.
Chomsky, um dos poucos. Mas a idade avança.
No entanto, quer crer que as Humanidades renascerão, lá mais para adiante...
Beijo, 'Herético'
Palavras afectuosas, as tuas, 'Lilá(s) !
ResponderEliminarEm certa medida, dou-te razão. O doodle não estava muito parecido. O que nos levava a a Simone de Beauvoir era o cenário por trás. O café Flore.
Frida Khalo, talvez pelo penteado... as sobrancelhas de Frida são bem mais 'carismáticas' .
Eu adoro os doodle! Acho que despertam a curiosidade para pessoas ou factos dignos de interesse.
Bom fim-de-semana!
Beijinhos