Michael Formanek Quartet
credits : Scott Friedlander, 2008
Esta noite fui ouvir Michael Formanek e o seu quarteto na Casa da Música.
Um dos mais importantes contrabaixistas da actualidade e um compositor de renome. Com ele tocaram Tim Bern (saxofone alto) Craig Taborn (piano) e Gerald Cleaver (bateria).
Um dos mais importantes contrabaixistas da actualidade e um compositor de renome. Com ele tocaram Tim Bern (saxofone alto) Craig Taborn (piano) e Gerald Cleaver (bateria).
Michael Formanek
credits: Scott Friedlander, 2008
Sem qualquer tipo de dúvida! Um grande virtuoso do contrabaixo. De uma mestria que dificilmente se tem o privilégio de ouvir! Veio apresentar o seu novo projecto.
Na primeira parte Tony Malaby com seu grupo Tamarindo. Também Malaby alia uma extraordinária qualidade tímbrica nos saxofones à arte da composição!
Veio com Haker Falten (contrabaixo) figura bem conhecida na improvisação do jazz europeu e Ches Smth (nesta vinda a Portugal), um dos mais criativos bateristas do jazz moderno que enquadrou todas as variantes instrumentais da linguagem de percussão.
Veio com Haker Falten (contrabaixo) figura bem conhecida na improvisação do jazz europeu e Ches Smth (nesta vinda a Portugal), um dos mais criativos bateristas do jazz moderno que enquadrou todas as variantes instrumentais da linguagem de percussão.
Tony Malaby
credits : Willie Daves/ NYT
Com este duplo concerto em que dois projectos de free jazz eram apresentados, falava-se de um dos melhores concertos do ano!
E foi! Em palco durante mais de três horas tocou-se o mais puro jazz contemporâneo, bem ao estilo dos clubes nocturnos nova iorquinos! Respirava-se a cidade mítica. Até na postura dos músicos!
Se gostei? Para além do desconforto que já se faz sentir na sala Suggia, dada a variação acentuada da temperatura, o público estava pouco representado. Mas isso não tirou o brilho com que os músicos tocaram em palco.
Apreciei sobretudo o sério profissionalismo, a qualidade dos intérpretes, as sonoridades puristas do free jazz, mas... a alma não se rendeu!
O free jazz ou jazz experimentalista tem esse lado mais distante. O público teve dificuldade em se exprimir durante as talentosas improvisações. Tratava-se, no entanto, de um concerto de culto pela pequena mas apreciadora audiência.
Perante tão excelentes músicos e intérpretes, quase me intimido de dizer o que senti! Mas foi assim! Não houve aquela alquimia que tantos outros concertos me despertam.
Sem sombra de dúvida um conjunto dos melhores músicos do mundo do jazz contemporâneo. Com as melhores referências na imprensa escrita do jazz internacional.
"...Formanek combina músculo rítmico com fluidez lírica e uma criatividade ilimitada."
Chicago Sun Times
"Um dos artistas mais notáveis do seu tempo (...), Tony Malaby introduz uma gama expressiva alargada na tradição do saxofone tenor."
Admirei o enorme virtuosismo, o talento da improvisação, sim! Muito! Assistiu-se ao melhor do jazz contemporâneo! As críticas do New York Times ou All About Jazz são unânimes!
Porém, a minha sensibilidade educada musicalmente, não conseguiu dar o salto para esse lado do puro jazz experimentalista. Houve a fronteira dos sentimentos.
Admirei a execução, não me entreguei ao que ouvi.
Porém, a minha sensibilidade educada musicalmente, não conseguiu dar o salto para esse lado do puro jazz experimentalista. Houve a fronteira dos sentimentos.
Admirei a execução, não me entreguei ao que ouvi.
Me perdoem os puristas do free style! Não sou nem pretendo ser uma intelectual do estilo. Apenas possuo uma sensibilidade que se rende ou não ao que ouve!
Que me levou, mesmo assim, a ir ouvir Malaby e Formanek? Saber que estaria perante os melhores! E um bom concerto não é nunca de perder! Independentemente dos sentimentos que fazem despoletar.
G-S
Fragmentos Culturais
31.10.10
Copyright © 2010-Fragmentos Culturais Blog, fragmentosculturais.blogspot.com®
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beijo...
ResponderEliminarcomo te invejo rss
Pesquisei o baixo e o sax no youtube e sobretudo com o baixo fiquei encantado: -Grande sentido e capacidade de improvisação, domínio absoluto do instrumento,re-quintado virtuosismo.
ResponderEliminarBeijinho
:):):)
ResponderEliminarSorri ao ler este post...as vezes também sinto isso...
As vezes não vamos ao rubro...
MAS...
Sabe sempre bem....
OUVIRRRRRR:)
UM XI GRANDE:)
... inveja, tu?! Não :)
ResponderEliminarBeijo 'Herético'
... adorei despertar-te a curiosidade de conhecer as sonoridades de Formanek e Malaby!
ResponderEliminarSim, o baixo é um assombro!
Um beijo Vítor
... não é bem 'ir ao rubro', Su! É mais a interioridade...
ResponderEliminarGostei imenso do concerto! Eu sabia o que ia ouvir! Não perderia tais executantes!
Mas saímos sempre mais 'inteiros' quando a alma se apega... não é mesmo?
Bom fim-de-semana! Diverte-te :)
Beijinhos**
(tão bom 'reencontrar-te por aqui)